segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Aulas o para o ENEM



Olá Candidato(a)

Convidamos você a participar da primeira edição da Semana ENEM Somos Educação! Nessa reta final, venha conferir dicas para a prova de nossos professores especialistas, durante uma semana de estudos para finalizar sua preparação.
Participe!


Como revisar Matemática para o Enem

Consultoria:
Bruno Ramos, do Colégio Pitágoras Cidade Jardim
Willian Bala, do Colégio Franciscano Pio XII
Rodolfo Borges, do Colégio Oficina do Estudante

Temas que mais caem
Grandezas proporcionais e razão: Tudo que pode ser medido, como peso, altura, profundidade, velocidade ou tempo. Espera-se que o candidato saiba diferenciar grandezas diretamente proporcionais das inversamente proporcionais. Entender razão se faz necessário seja na transformação de escalas de mapa e unidades de medidas, seja em relação a valores de uma mesma grandeza.
Estatística e porcentagem: Estude média, média ponderada, mediana, moda, variância, desvio padrão. Essas questões têm níveis de dificuldade baixa, facilitando assim a coerência de acertos. Já porcentagem pode estar presente em todos os assuntos, seja em volume, área, matemática financeira, ganhos, descontos, função. Busque aqueles que apresentam tabelas, gráficos e problemas.
Geometria plana e espacial: Estude ponto, reta, plano, distâncias, ângulos, triângulos, quadriláteros, polígonos, perímetro, prismas, cilindros, cone, pirâmides, esferas, áreas e volumes. É imprescindível saber relacionar, interpretar esses elementos com as informações presente no texto ou gráficos ou desenhos 3D.
Funções (1º e 2º graus): Pode ser cobrada de diversas maneiras e em diversos assuntos. O importante é saber traduzir um texto para a linguagem matemática (montar uma função f(x) e entender o papel da variável x em seu contexto).
Análise combinatória e probabilidade: Consideradas, pelo professor Willian Bala, um diferencial no Enem. Normalmente são questões contextualizadas e que precisam de base no assunto (estude arranjo, permutação e combinação).
Como são as questões
Como toda a prova do Enem, a prova de matemática tem muita contextualização e textos longos. Para o professor Bruno Ramos, “é muita informação para o estudante ler, num momento em que esteja nervoso”, ao que recomenda ler primeiro a pergunta para depois passar ao texto, assim, saberá quais informações são mais relevantes.
Já o professor Willian Bala acrescenta que é preciso tomar cuidado com o tempo: “leia a questão atentamente, grife e circule as informações relevantes de forma que não seja necessário reler todo o texto várias vezes. O tempo corre e o vestibulando precisa de macetes para driblá-lo”, explica.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
“Nos últimos anos, a prova vem ganhando um caráter mais conteudista, quando antes era muito mais voltada à interpretação”, explica o professor Rodolfo Borges. Questões com temas mais complexos, como logaritmo, vêm ganhando espaço. Mas o professor acrescenta que, mesmo assim, o caráter interpretativo ainda é dominante. Por isso, “a prova é muito diferente das outras. Ir bem na Unicamp ou na Fuvest não significa ir bem no Enem. O que eu sugiro é treinar muito com simulados e investir nos conteúdos que mais caem”, diz. Mas é preciso cuidado! “Como a prova modifica a cada ano, trabalhar em cima de anos distantes não é a melhor saída, mas as últimas provas permitem uma noção boa de como será a deste ano”, ressalta Bruno Ramos.
Para estudar, recomenda-se usar fichas-resumo com definições e fórmulas de cada tópico. “Procure quatro exercícios de cada assunto, já utilizados em provas anteriores: um fácil, um difícil e dois com nível elevado para fazer com que você se sinta confortável e familiarizado com os temas”, aponta Willian Bala. Já na última semana, aposte apenas em revisão dos assuntos que já domina.
Nas apostas para este ano, é improvável que haja alguma mudança muito radical no que vem sendo feito. Os temas mais recorrentes devem marcar presença novamente: geometria, proporção e estatística, com bastantes imagens, interpretação de funções e gráficos, porcentagens, análise combinatória e probabilidade.

Como revisar Linguagens e Redação para o Enem

PORTUGUÊS E LITERATURA
Temas que mais caem
Interpretação de textos (inclusive de gráficos, infográficos e figuras)
Literatura e arte (especialmente Romantismo, Realismo e Modernismo)
Gêneros textuais e suas características (compreender a função social do texto)
Variantes linguísticas e norma culta
Conhecimento de ambiguidade e classes de palavras
Como são as questões
As provas de Linguagens são muito extensas, com textos muito longos e exigência de habilidades de interpretação ainda maiores do que nas outras disciplinas. “É preciso ler os enunciados e as alternativas com atenção, buscando fazer as possíveis conexões. Muitas vezes a resposta pode ser encontrada no enunciado, que é um texto longo e, por vezes, cansativo”, explica a professora Beatriz Fam.
Dentre os temas mais cobrados, sob os quais a prova é feita, estão “marginalidade feminina, o jovem no mercado de trabalho, a comunicação mediada pelos meio eletrônicos, cultura e cidadania, a influência da mídia e outros”, explica a professora Elaine Silva.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
“O aluno deve tomar conhecimento dos principais movimentos artísticos e literários, cobrados com maior profundidade a cada edição do exame. Também não podemos esquecer das questões de tecnologias da informação e educação física, que muitas vezes ajudam a garantir um bom desempenho nesta avaliação”, explica a professora Beatriz.
Para Elaine Silva, a preparação do aluno na reta final deve envolver quatro diretrizes:
1. Compreender o que é exigido em termos de competências de cada área para a realização do exame do Enem
2. Traçar um cronograma, sem perder o ritmo
3. Fazer uma revisão dos conteúdos que têm mais dificuldade
4. Realizar as provas anteriores do Enem, se possível, no mesmo tempo de aplicação do exame (4h30 ou 5h30)

REDAÇÃO
A redação do Enem exige o formato dissertação, o que significa que se trata de um texto argumentativo, que pede que o autor desenvolva uma ideia, um problema ou um questionamento com uma consideração final que deve estar de acordo com os argumentos expostos. Além disso, é importante ter claro a estrutura do texto, que tem parâmetros bem definidos – veja dicas detalhadas de como fazer sua redação e, também, de como fazer uma boa proposta de intervenção.
“No último mês antes da prova, o aluno precisa se inteirar dos possíveis temas da redação, que é a parte mais significativa e importante do Enem. Ele quase sempre apresenta uma palavra que direciona a tese do aluno, como em 2015, em que o tema não foi ‘violência contra a mulher’, mas sim ‘a persistência da violência contra a mulher’”, esclarece a professora Beatriz Fam.
Veja também
Além disso, é importante entender o que a banca corretora quer do aluno. “Os temas normalmente são aqueles em que o candidato vai ter que refletir sobre o coletivo. A ideia é: ‘como resolver um problema em que a solução seja boa para todo mundo?’, que seria o objetivo da proposta de intervenção”, explica a professora Lilica Negrão. Veja abaixo alguns possíveis temas para o Enem 2016:
– Intolerância política no Brasil
– Racismo no Brasil
– Temas de saúde que envolvam o vírus zika e a dengue
– Atuação dos jovens na sociedade, com o gancho da ocupação das escolas
– Legado das Olimpíadas
– Temas relacionados a ecologia e bem estar socioambiental

Três temas quentes para a redação, pelo professor Leandro Vieira
Mobilidade urbana: transporte na sociedade brasileira
As grandes cidades do mundo passam por um intenso desafio de buscar soluções para o ir e vir de seus habitantes. No Brasil, essa questão ganhou elevada repercussão com os grandes eventos dos últimos anos (Copa do Mundo, Olimpíadas, Copa das Confederações). O serviço deficiente de transporte público no Brasil acarreta um maior número de pessoas, que recorrem ao veículo particular, piorando ainda mais o problema.

Alimentação e estética: o mundo baseado em padrões
O mundo contemporâneo passa por um processo de valorização ferrenho da estética, em que aumenta o número de cirurgias plásticas, de dietas milagrosas e do uso de suplementos alimentares. A prova pode exigir do aluno um posicionamento crítico para dialogar com essa questão, pensando em como a sociedade deve agir diante desse problema, qual o papel do governo, da escola ou da mídia nesse processo de padronização corporal e de criação de um ideal de beleza nos indivíduos.

Liberdade de expressão: o limite sobre o que pode ser dito
As redes sociais, a globalização e as novas formas de interação entre os indivíduos geram uma grande ressonância nas falas de todos os membros da sociedade. E esse processo acarreta um questionamento sobre os limites do que pode ser dito. No Brasil, os humoristas são a base dessa discussão, debatendo a existência, ou não, de limites para o humor. A discussão sobre liberdade de expressão encaminha o aluno para pensar sobre o espaço do outro, a cidadania, a ética e até mesmo as condições de vida em sociedade.

INGLÊS/ESPANHOL
A prova de língua estrangeira do Enem faz bastante uso de charges, que podem conter um volume grande de texto, muitas vezes contextualizado na pergunta. Nesses casos, deve-se buscar a interpretação que faz coerência pelo jogo de sentido entre a imagem e o texto da charge. São, basicamente, questões de interpretação e dedução.
Além disso, a prova exige compreensão de textos maiores em prosa, que requer cuidado na hora de ser respondida. Muitas vezes, o enunciado da questão já deixa claro o modo com que se deve ler o texto e o que o examinador espera que se responda.
Um ponto a que se deve dar atenção são os falsos cognatos, palavras que têm escrita semelhante a uma palavra em português, mas com significado completamente diferente. Exemplo: “apology”, em inglês, significa “pedido de desculpas”, mas poderia ser confundida com “apologia”, em português.
Dica: atenção às alternativas que apresentem palavras como NUNCAJAMAISSEMPRE. Geralmente, essas opções com palavras restritivas não costumam corresponder à resposta correta.
O que mais cai em inglês
Pronomes: Na presença de um pronome, saiba exatamente a que ou a quem se refere, de acordo com o texto em que está inserido
Conjunções: É muito importante entender a função das conjunções, como although, regardless, once, unless. Elas podem ser usadas para adicionar informação, contrastar ideias ou apresentar uma condição
Phrasal verbs e idiomatic expressions: Conheça verbos e expressões sinônimas para eles, no próprio inglês, e cuidado com falsos cognatos
Prefixos e sufixos
Voz ativa e voz passiva/Discurso direto e indireto
If clauses
O que mais cai em espanhol
Uso dos tempos verbais (diferença de uso entre pretérito perfecto e pretérito indefinido)
Pronomes átonos (lo,la, los las, le, les, se).
Conjunções (especialmente adversativas e concessivas: pero, sino, sin embargo, aunque, mientras)
Apócopes (corte de uma ou duas letras de alguns adjetivos ou advérbios antes de substantivos)
Diferença entre haber y tener
Diferença entre os advérbios muy e mucho
Palavras heterogenéricas, que possuem forma igual ou semelhante em espanhol e português, mas pertencem a gêneros diferentes (“el color” e “a cor”, por exemplo)
Palavras homônimas, que têm significado diferente de acordo com o artigo que a antecede (por exemplo, el cólera, que é a doença, e la cólera, que significa raiva)

Como revisar Ciências da Natureza para o Enem

FÍSICA
Consultoria:
Ennio Alberto Filho, do Colégio Pitágoras Cidade Jardim
Fred Stevano, do Colégio Franciscano Pio XII

Temas que mais caem
Energia, transformações e conservação
Mecânica, estudos dos movimentos e aplicações das leis de Newton
Ondulatória, equação fundamental, fenômenos ondulatórios, ondas sonoras
Eletricidade, circuitos elétricos, potência consumida e energia
Termologia, calorimetria, leis da Termodinâmica
Óptica, fenômenos ópticos, refração da luz
Hidrostática
Como são as questões
A prova de física preza por questões bastante contextualizadas. “Não é solicitado calcular apenas a corrente e a voltagem num circuito elétrico comum, mas as características de um disjuntor que deverá ser adquirido por uma pessoa ao montar circuito numa casa em certas condições. Em outras palavras, sempre existe um propósito ao se calcular o valor de uma dada grandeza física”, explica o professor Ennio Alberto Filho. A prova também é “longa e cansativa, composta por enunciados longos e muita leitura de gráficos e tabelas”, explica Fred Stevano. A dica é analisar as questões cuidadosamente, sublinhando as informações relevantes (que já podem ajudar a responder as mais fáceis), e não se ater muito tempo nas mais complexas, deixando-as para o final.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
O professor Ennio recomenda que se faça revisões por meio de mapas conceituais, “que ajudam a ter uma compreensão mais global dos conteúdos e de seus conceitos e equações essenciais. Tente reforçar os conteúdos dos capítulos estudados há mais tempo, sem esquecer dos temas mais frequentes”. Além disso, é fundamental “refazer ao menos as três últimas provas para aprimorar sua concentração”, explica o professor Fred. “É bom também para perceber como se desenvolve o raciocínio lógico das questões, além de testar o condicionamento físico para a prova”, diz.
As apostas para o exame deste ano são em processos eletromagnéticos, envolvendo geração de energia elétrica (Lei de Faraday), além de ênfase em Leis de Newton. Além disso, uma boa aposta são as questões que envolvam o aniversário de 30 anos do desastre de Chernobyl – o que favorece temas interdisciplinares entre física, química, história e geografia.
QUÍMICA
Consultoria: prof. João Homero do Amaral, do Colégio Franciscano Pio XII

Temas que mais caem
Cálculo estequiométrico
Equilíbrio químico
Soluções
Química orgânica (funções e reações)
Eletroquímica
Como são as questões
Segundo o professor João Homero, as questões de química apresentam enunciados longos, com informações nem sempre relevantes. “Comece lendo a pergunta, assim, quando for ler o enunciado, já saberá previamente qual tipo de dado será mais importante na resolução”, diz. “Algumas vezes o aluno é capaz de resolver a questão apenas com seu conhecimento prévio, ou seja, sem precisar de referências do texto inicial”, completa.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Procure revisar pontos ainda não muito claros e treinar os assuntos que mais são cobrados. “Nessa altura, vale treinar estequiometria, que são tradicionalmente onde os alunos têm os piores desempenhos e se configuram como as mais difíceis”, diz o professor. Nas últimas edições, também, o Enem vem priorizando domínio do conteúdo, portanto é fundamental que o aluno esteja bem familiarizado com conceitos como entalipia, oxidação, redução, energia de ativação, carbono quiral, etc. “Dominar minimamente a formulação e nomenclatura inorgânica e orgânica também se faz necessário”, acrescenta.
Entre as apostas para este ano, estão aspectos ligados ao meio ambiente (que podem fazer um link com biologia e geografia), como chuva ácida, aquecimento global, diminuição da camada de ozônio. Outro bom palpite é o Acordo de Paris, firmado na Cúpula do Clima da ONU (COP-21) em 2015.
BIOLOGIA
Consultoria: prof. Renato Deutner, do Colégio Franciscano Pio XII

Temas que mais caem
Ecologia
Biotecnologia e genética molecular
Fisiologia humana e animal
Citologia
Evolução e origem da vida
Outros temas importantes
Conservação de alimentos, tipos de nutrientes e vitaminas, diferenças entre a reprodução sexuada e assexuada, primeira lei de Mendel e heredogramas, mitose e meiose, grupos animais, verminoses, AIDS, dengue, efeitos do álcool no organismo, primeiros socorros, osmose, malária, tipos sanguíneos, controle de temperatura do corpo.
Como são as questões
Comumente, envolvem os conceitos básicos, mesclando com interpretação de gráficos, tabelas e cladogramas. “As questões pedem associações entre sustentabilidade e desenvolvimento, saúde e hábitos saudáveis, impacto das novas tecnologias no cotidiano”, diz o professor Renato. A dica é avaliar bem as alternativas, em que a certa pode ser encontrada por exclusão.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Treinar com as questões dos exames anteriores é a recomendação fundamental, especialmente para treinar a leitura e interpretação dos enunciados típicos da prova. Para ter uma noção melhor, o professor recomenda atenção às habilidades cobradas no edital de Ciências da Natureza:
– Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
– Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
– Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e (ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
– Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
– Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.

Como revisar Ciências Humanas para o Enem

HISTÓRIA


Temas que mais caem
Movimentos sociais, conquista de direitos e exercício da cidadania ao longo da história, envolvendo questões políticas, raciais e de gênero
Dinâmicas, lutas e conquistas trabalhistas, com ênfase na escravidão e no trabalho operário
Disputas políticas e sociais referentes à formação da sociedade brasileira, priorizando o período Imperial (Primeiro e Segundo Reinados) e Republicano (República Oligárquica, Era Vargas e Ditadura Militar)
Conflitos e transformações de ordem política, social e cultural na contemporaneidade, abordando os principais acontecimentos da história mundial no século XX (Imperialismo, Guerras Mundiais, Guerra Fria e Contracultura)
Choque cultural, violência e exploração no processo de colonização da América, em especial os aspectos que envolvem a questão indígena nas porções portuguesa e espanhola.
Como são as questões
As questões abordam vários gêneros textuais e abordagens diferentes. Mas, segundo o professor Giorgio, engana-se quem pensa que tudo se resolve na interpretação de texto: “As questões de história têm exigido uma multiplicidade de habilidades para a sua resolução. Além da capacidade de interpretar, relacionar e comparar é necessário domínio dos principais conceitos norteadores e, ainda, uma base consistente de compreensão dos conteúdos históricos mais relevantes tanto da história do Brasil quanto da história geral”, explica.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Nas semanas que antecedem a prova, o estudante deve refazer a maior quantidade possível de questões dos anos anteriores, para checar se ainda está com dificuldade em algum tópico, e também para se familiarizar com o tipo da prova e ficar mais seguro para o dia do exame. “Outra dica importante para ganhar tempo e evitar dúvidas desnecessárias é sempre fazer uma primeira leitura atenta e detalhada em cada questão”, explica o professor. O enunciado costuma determinar a habilidade que será exigida do estudante para responder à questão.
Nas apostas, “para o exame deste ano, indico ficar atento às questões sociais, principalmente relativas à história do Brasil”, reforça o professor Giorgio Lacerda, indicado que este tem sido o eixo norteador das provas dos últimos anos (também nos exames de Linguagens e Redação). “A prova traz uma abordagem e uma leitura bem evidente com predileções claras para temas em torno das questões raciais, de gênero, sobre cidadania e conquistas de direitos sociais e políticos ao longo da história.”
GEOGRAFIA




Temas que mais caem
Globalização e urbanização
Cartografia
Economia e impactos ambientais
Geopolítica
Aspectos da geografia física: clima, formações vegetais, relevo, solo
Como são as questões
As questões prezam pela atualidade pela relação com outros fatos, além de sugerir análises do envolvimento do Brasil no mundo e a participação da sociedade. “São elaboradas de forma interdisciplinar, integradas a contextos do cotidiano e temas de repercussão da mídia”, explica a prof.ª Alfonsa. Habilidades de interpretação de imagens, mapas, fotos, gráficos, tabelas, charges, letras de música, notícias de jornal são sempre úteis. Os estudantes devem saber interpretar o enunciado com clareza e grifar as palavras-chave, além das que indicam direcionamento na resposta, como “exceto”, “sempre”, entre outras. Outra dica da professora é levar em consideração o título e a fonte de onde foi extraído o texto da questão.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Nas últimas semanas de estudo, identifique os temas onde tem mais dificuldade e procure solucionar as dúvidas. Mantenha em dia as leituras de jornais, revistas ou portais de notícias, procurando identificar os assuntos que mais aparecem. Relacione conteúdos, faça conexões de diferentes crises (como, por exemplo, a Guerra da Síria e a crise entre Rússia e EUA), estude mapas, releia seus resumos. Outra dica é debater temas atuais com colegas que também estejam prestando o exame.
A prof.ª Alfonsa Puopolo também recomenda especial atenção aos tópicos que estão em alta, como: questão energética; urbanização e violência urbana; questões da Amazônia; Estado Islâmico; rompimento da barragem em Mariana; eleições norte-americanas; refugiados na Europa; retomada das relações entre Estados Unidos e Cuba; crise econômica; 10 anos da lei Maria da Penha; homofobia, preconceito e violência; racismo; Guerra na Síria; crise hídrica.
SOCIOLOGIA E FILOSOFIA




Temas que mais caem
Etnocentrismo e alteridade
Conflitos sociais e diferenças entre classes
Produtividade no capitalismo informacional
Globalização e tecnologia
Direitos sociais e cidadania
Como são as questões
“O Enem é uma prova muito crítica. Nos últimos anos, vem desenvolvendo cada vez mais o lado de inserir questões que tentam trazer equidade para os diferentes grupos sociais”, explica o professor Juliano. Por isso, as questões exigem que o candidato se posicione criticamente e saiba analisar os ganhos e problemas sociais ainda existentes, com um viés mais progressista. “Na prova de filosofia de 2015, eles pediram Simone de Beauvoir. As questões sobre racismo perguntavam sobre o mito da democracia racial no Brasil. Então, você pode ter várias formas de discutir um assunto, mas a perspectiva crítica, diferente da tradicional, se mantém no exame”, explica.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Manter o foco em direitos humanos, cidadania, trabalho e globalização são fundamentais para estudar para a prova. E, também, temas atuais, mas com alguns cuidados. “Tenho dúvidas de que vão perguntar algo explícito sobre a política brasileira atual, porque seria difícil construir uma questão completamente isenta e parcial. O que o Enem pode perguntar é sobre os princípios que formam essa política atual, fazendo uso de filósofos clássicos, como John Locke, Maquiavel, Habermas”, diz Juliano Martoni.
Bônus: ATUALIDADES

Consultoria: prof. Eduardo Valladares, do cursinho Descomplica

Como o Enem é um exame que preza muito pela atualidade das questões, por toda a prova o estudante vai encontrar contextualizações que envolvem um conhecimento do que vem rolando pelo mundo nos últimos tempos. Assim, o professor Eduardo Valladares indica os sete conteúdos que têm mais chance de pintar pela prova – além de três destaques fortes para a redação. Veja:
Crise da água e consciência ambiental
A segurança nos megaeventos brasileiros
As manifestações populares no Brasil como ferramentas de mudança social
A redução da maioridade penal e seus efeitos em discussão no Brasil
A família contemporânea e sua representação em questão no Brasil
A questão do lixo na sociedade brasileira
Mobilidade urbana no século XXI: o ir e vir em questão na sociedade brasileira
Três destaques para a redação
Alimentação irregular e obesidade no Brasil: “A questão tem sido bastante discutida atualmente, mostrando-se como uma temática típica de ser abordada no Enem, uma vez que envolve duas questões relacionáveis. O aluno pode abordar os fatores da indústria alimentícia, a falta de tempo e conhecimento, a não abordagem desse assunto em escolas e na mídia”, diz o professor.
O esporte como ferramenta de inclusão social no Brasil: “O aluno pode discorrer sobre como o incentivo ao esporte pode levar à formação de um indivíduo mais completo, cidadão e crítico. O esporte desenvolve fatores ligados ao senso de grupo, disciplina, motivação e persistência.”
A inclusão social dos portadores de necessidades específicas em questão no Brasil: “O tema é importante em virtude das Paralimpíadas. É importante que o vestibulando entenda que essa temática mostra a aplicação da nossa Constituição cidadã, a diminuição dos abismos sociais e a inclusão de oportunidades e direitos.”